domingo, 4 de dezembro de 2022

Identificando as emoções

           



SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA

Identificando as emoções

Júlio terminou um namoro de 3 anos e está devastado, triste, confuso e com raiva. Um amigo seu chamado Bruno também sofreu um desenlace de um relacionamento que durava há 5 anos. Bruno sente muita raiva, confusão, frustração e uma tristeza que não tem fim.

Júlio procura validar estas emoções e acreditar que não é o único a viver momentos assim e entender que logo irá passar a dor. Diz para si mesmo que como adulto, precisa enfrenta-las.

Bruno age totalmente o contrário: acredita que é o único no mundo a sentir todas as emoções que o fim do namoro o proporcionou. Passa a buscar meios de lidar com esta dor, bebendo, dormindo muito ou assistindo televisão de maneira desregrada. As vezes até pensa em se autolesar, numa tentativa de amenizar o sofrimento.

Nas duas histórias, Júlio e Bruno estão vivendo momentos difíceis em que as emoções afloram, o que é bem normal. Entendemos que as emoções são sentimentos que têm significados para nós e que é importante sentí-las. Até porque elas aparecem o tempo todo.

Todavia o que faremos com estas emoções faz toda a diferença para nossa vida, porque podemos fazer escolhas acertadas e, assim evitar consequências desastrosas; ou buscar ações precipitadas, falhas, e viver contextos extremamente difíceis.

Para tanto, precisamos primeiro questionar seguindo alguns passos interessantes levantados pelo professor Robert Leahy, Ph.D. pela Universidade de yale. O primeiro deles é se perguntar: Quais sensações eu sinto quando estou com raiva, triste ou ansioso? Esta pergunta o levará a identificar as sensações que seu corpo irá manifestar.

Outra pergunta interessante é: Quais são os pensamentos que emergem quando estou com raiva, triste ou ansioso? Esta parte vai te dar um significado para sua emoção.

A próxima questão é: o que será afetado quando sinto raiva, tristeza ou ansiedade? Com esta pergunta eu dou um objetivo para minha emoção e ele me fará pensar se vale a pena mantê-la.

Por fim é interessante perguntar: O que esta emoção me faz realizar? A resposta me levará a analisar meus comportamentos diante das emoções e a avaliar se eles me ajudarão ou não.

Assim, se focarmos nestas 5 partes da emoção, ficará mais fácil partirmos para a mudança. Ficará mais fácil buscarmos meios para lidarmos com elas sem nos prejudicar ou prejudicar o outro.

Na próxima semana continuaremos o assunto.

 Um fortíssimo abraço para você. Até a próxima!

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