CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
SENSO DO EU
Identidade.
Uma palavra tão cheia de significado. Um processo que, enquanto humanos,
adentramos sem ter um fim.
Logo
de primeira pensamos que é um trabalho contínuo e individual. Contínuo sim,
individual, jamais.
Nosso
sendo do eu se constrói apenas com a participação de outros em experiências de conexão,
em que compartilhamos fluxo de energia e informação, como confirma Daniel
Siegel (2021, p. 167) no seguinte excerto: “Quando dizemos que nossas experiências
de afeto moldam nosso senso do eu, o correlato neural disso é a maneira como o
compartilhamento de nosso fluxo de energia e informação – nossos relacionamentos
– estimula a atividade e o crescimento de nossos circuitos neurais”.
E este
senso de conexão é tão sério, tão relevante para a constituição do ser, que o
estudioso reitera o que estamos insistindo em dizer na seguinte proposição: “...Nossa
vida social – em família e provavelmente dentro das culturas – molda diretamente
o crescimento neuroplástico das estruturas neurais do eu”.
Ou seja,
uma relação tão pertinente e tão extremamente necessária que tem ligação direta
com nossa sobrevivência. O estar com o outro, o se relacionar, faz parte
integrante da constituição do humano. Não tem como negarmos esta realidade.
E Daniel
Siegel (2021) vai mais além quando deixa escrito que até nossa consciência é
construída a partir dos processos profundamente sociais, por estar conectada
com a integração do cérebro que é adquirida, também, por meio da conexão com o
próximo, ou seja, com o social.
Que
todos esses ditos nos incite a sermos mais humanos. A caminharmos em direção da
harmonia.
Um
grande abraço para você!
Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista
Youtube: @conversaspsicanalíticas

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