Rádio


domingo, 6 de novembro de 2022

Empatia

            



SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA

Empatia

Muitos confundem empatia com simpatia. Vamos analisar a diferença? Patia é uma palavra que vem do grego e em português geralmente traduzimos como emoção. O sim, prefixo da palavra simpatia, significa sentir junto, ou seja, quando somos simpáticos, estamos sentindo junto com a outra pessoa.

No caso da empatia, o em que prefixa o vocábulo, significa sentir mesmo não tendo a mesma vibração da pessoa. Ou seja, a empatia é um exercício que requer bastante esforço cerebral, por isso é mais difícil de ser exercida.

Existem dois tipos de empatia. A primeira dela é chamada de empatia contagiosa. Esta tanto humanos quanto animais a possuem. Ela é automática e não requer esforço. Um bom exemplo é quando você ouve alguém contar um relato de um acidente que sofreu e você faz caras e bocas indicando que está sentindo como a pessoa sentiu, você está se identificando com esta empatia denominada de contagiosa.

A outra é chamada de empatia cognitiva, que existe somente em humanos. Este tipo pode ser aprendido, treinado. E como aprender e exercitar a empatia cognitiva sabendo que ela é importante? E entendendo que ser empático é mais que relevante em nossos tempos, por ser a empatia a ponte entre o egoísmo e o altruísmo?

O primeiro passo é ter autoempatia. Um bom exemplo é pensarmos em alguém que passou por uma situação embaraçosa e fomos gentis e amáveis, indicando bons caminhos a esta pessoa e dando forças para que ela possa conseguir seguir em frente. Por que não conseguimos ser assim conosco também?

O segundo passo é sermos genuínos. Temos o cérebro emocional que filtra tudo o que ouvimos, as experiências que vivenciamos, os filmes que vemos, só para dar alguns exemplos. Isso nos capacita a sermos detectores da chamada pseudoempatia. Não adianta fingirmos ser empáticos. Em um momento ou outro meu próximo descobrirá que não é um sentimento real.

Também não podemos esquecer dos neurônios espelho. Estes também nos ajudam a sentir a emoção da pessoa, do momento ou/e do lugar e a detectar o que não é real quando se tenta mostrar como tal.

O terceiro passo é nos permitir viver novas narrativas, novas experiências. Apesar de nosso cérebro gostar da estabilidade, é na diversidade de vivências que ele se desenvolve mais saudavelmente. Viva um dia na praia, corra com um familiar, visite alguém que não vê há muito tempo, jogue bola, vôlei, ande de bicicleta com um amigo. Viva!

Um fortíssimo abraço para você. Até a próxima!

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