segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Mercado oferece boas aplicações para ganhar com a alta da inflação

Divulgação/ FreePik


Falar em inflação remete à elevação dos preços de produtos e serviços em oferta no mercado, e por isso mesmo seu significado para qualquer consumidor soa de forma negativa. Não precisa ser economista para entender que, quando o preço sobe, sobra menos dinheiro para fazer outras coisas, impactando diretamente na qualidade de vida das pessoas.

Nos últimos meses, essa tem sido a tônica dos brasileiros, em particular nos preços da gasolina, que entre outubro de 2020 e de 2021 subiu 42,72%, e de muitos alimentos e serviços. Segundo o IBGE, em outubro o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um dos medidores da inflação, registrou alta de 1,25%, levando a um acúmulo de 10,67% em 12 meses.

Mas, se para tudo existem dois lados, também é assim com a inflação. Isto porque há formas de fazer com que a maré da alta de preços no mercado seja benéfica para o investidor. “Há boas opções de ativos indexados ao IPCA, acrescidos de um percentual fixo que garantem retorno acima da inflação. Quando o IPCA sobe, o rendimento da aplicação também sobe. E quando o IPCA cai, o retorno também é menor. É uma forma inteligente de tentar equilibrar o jogo”, explica o sócio-diretor da Atrio Investimentos, Fábio Ferreira.

O mais conhecido deles, segundo o diretor da Atrio, são os papéis do Tesouro Direto, que funcionam como um empréstimo ao governo federal. “Há ofertas de ativos atrelados ao IPCA que são pós-fixados. Isto significa que o rendimento é variável, já que vai depender da performance da inflação. São aplicações que merecem atenção do investidor, porque há alterações se o resgate for feito antes do vencimento”, orienta. “Há ativos com vencimento em longo prazo, que pagam valores acima da inflação bem atraentes, mas também há ofertas de curto prazo, com ofertas menores, mas reais”, complementa.

Outra opção de ativos vinculados ao IPCA são os fundos de inflação. Nessa modalidade, o portfólio é montado pelo gestor, com o objetivo de superar o índice da inflação. “Os fundos funcionam como uma cesta de produtos. Neste caso, de produtos que acompanham o crescimento da inflação. A vantagem é que são profissionais que estudam as melhores opções do mercado e usam o recurso do fundo para comprar os ativos. A desvantagem é que você não consegue acompanhar os produtos que estão nesta cesta. A função do investidor é apenas de observar o desempenho”, explica Fábio Ferreira.

Ganhos maiores


O fato de ter rendimentos acima da inflação faz com que os investimentos nessa modalidade sejam por si só atraentes. Mas é possível tornar esse retorno ainda maior do que os ativos de renda fixa amparados no IPCA. É o caso das debêntures, que funcionam como um empréstimo a companhias pago num médio ou longo prazo. Neste caso, as empresas pagam juros maiores do que outras modalidades.

“As debêntures envolvem uma relação mais direta do investidor com empresas privadas, e por isso mesmo o risco também é maior do que outras aplicações. Além disso, não há proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que garante o saldo do investidor em caso de falência de determinadas emissoras de títulos. Ganha-se de um lado, mas perde-se do outro. Caberá ao investidor decidir”, observa.

O mais apropriado, segundo o executivo da Atrio Investimentos, é recorrer a profissionais que ofereçam uma boa carteira de opções, com o máximo de retorno com segurança. Quanto maior o rendimento, maior também é o risco. O caminho é avaliar primeiro o perfil do investidor para, a partir daí, fazer as escolhas mais adequadas”, conclui.

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