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sábado, 29 de junho de 2024

Através da arte, podemos nos questionar sobre o impacto humano, diz Gisele Faganello

  Através da arte, podemos nos questionar sobre o impacto humano, diz Gisele Faganello




A artista visual Gisele Faganello que está com as suas obras em exposição internacional no Colectivo Arte Contemporáneo na Biblioteca Civica Cambiano, Turin, |Itália até o dia de 16 de julho próximo, também particia no Brasil de 2 exposições de destaque, sendo uma na cidade do Rio de Janeiro e outra em Fortaleza no Ceará.


No rio de Janeiro integra a exposição Argus, 200 anos da imigração alemã no Brasil, com curadoria de Edson Cardoso da Ava Rio Galleria, em parceria com Rosita Cavenaghi da Art A3 Gallery de São Paulo. O nome escolhido para a exposição se deve ao navio Argus que em julho de 1823, trouxe de Amsterdã, os primeiros imigrantes ao nosso país.    De acordo com o curador Edson Cardoso a conexão entre nossos países tem sido marcada pela amizade e cooperação em diversas áreas nos últimos 200 anos. E há de ser assim nos anos que estão por vir, acrescenta. Em agosto, de 9 a 30, a exposição ARGUS será apresentada em Berlin na Alemanha.


Em Fortaleza as obras de Gisele Faganello integram a mostra Mares, Rios e Cores, uma exposição itinerante, levada a andamento de 28 de junho até 23 de julho na ARTIVO Galeria. Esta coletânea de obras é o resultado do trabalho de artistas representados pela galerista Angela de Oliveira, da Art100 Gallery localizada em Porto Alegre, RS que assina também a curadoria.


O objetivo é partilhar as visões e interpretações das artes em Fortaleza, com foco na arte ambiental na conscientização dos perigos que espreitam o planeta e promover sua conservação, reforçar a comunicação e a participação cidadã na defesa da natureza e incentivar o compromisso político e pessoal contra o aquecimento global e seus efeitos.


No reforço desta exposição a curadora destaca o impacto da tragédia ambiental vivenciada no Rio Grande do Sul  e isso só reforçou seu compromisso com o projeto que tem como madrinha Rose Maiorana executiva do Grupo Liberal, empresária e artista plástica de Belém do Pará, uma fomentadora da arte no norte do país e que assina com o premiado fotógrafo Tarso Sarraf o projeto "Amazônia Liquida".


Gisele relata que após Fortaleza que dá início a série, a exposição segue para cidade de Olinda em Pernambuco, depois Búzios, no litoral do Rio de Janeiro além de outras cidades pelo Brasil e exterior.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

“ZUMBIIDO” exalta os fortes chamados para a unidade africana em todo o mundo

No dia 08 de julho de 2024 (segunda-feira), o Kânda ZUMBIIDO (@zumbiido) promove a audição de lançamento do seu primeiro EP intitulado “ZUMBIIDO”. O evento que será realizado no espaço cultural independente Matilha Cultural, na região central de São Paulo, é exclusivo para pessoas convidadas e antecede o lançamento oficial do EP, que acontece entre os meses de julho e agosto, nas principais plataformas digitais. 

Zumbiido


O primeiro EP produzido autonomamente por Kânda ZUMBIIDO registra as primeiras canções criadas pela comunidade para o Cortejo de seu Bloco Preto, um dos blocos emblemáticos da cultura afro-diaspórica brasileira. 


O Bloco Preto ZUMBIIDO Afro Percussivo é reconhecido em São Paulo por ser um bloco afro composto somente por pessoas pretas e realizar o maior Cortejo Preto da cidade, reunindo cerca de 10 mil foliões anualmente durante o Carnaval. Além de realizar um trabalho educacional emancipador em suas formações de música e dança, que recebem cerca de 200 pessoas pretas anualmente.


Em seu primeiro EP, a comunidade exalta os fortes chamados para a unidade africana em todo o mundo, carregando a complexidade rítmica de uma gama enorme de ritmos do continente e diaspóricos.


“A música é vibração e frequência, o ânimo primeiro. ZUMBIIDO é o som do transe. É o estímulo no vazio que antecede a luz. E é no transe, o lugar profundo e escuro entre os dois mundos, que nos conectamos com o todo. No inconsciente está o começo de tudo”, são as diretrizes exaltadas pela comunidade no lançamento desta obra. 


O EP é composto por quatro faixas sendo “Prelúdio Negro” um chamado de guerra, “Rainha e Reis” uma celebração da capacidade de unidade (o propósito Umoja) através da metáfora do “negro, o ser de luz”; além de “Sou um” que, em clima de Ijexá, demonstra o eixo da comunidade, o quanto as pessoas que a integram se tornam células de um grande organismo e do quanto Ifé (amor como ação) é importante para elas.


A quarta faixa, “A mola do mundo”, é uma música que faz uso da metáfora desta grande moenda, que é o mundo ocidental, para tentar revelar todos os aspectos de grandeza do povo preto. É um vissungo, um canto de lamento e de protesto ao mesmo tempo, com uma promessa de vitória.


O ZUMBIIDO nasceu a partir de uma comunidade africano-ascendente por essência, que inspira-se no legado do imortal líder revolucionário, Honorável Rei Zumbi de N’gola Janga (Palmares). Uma espécie de verbalização do levante do povo preto através de um bloco afro percussivo, que tem forte influência de diversos ritmos tradicionais africano diaspóricos e do continente.


Através das músicas e danças autorais, inspiradas nas danças e musicalidades tradicionais africanas do continente, e com forte influência do samba afro, do samba reggae e outros ritmos diaspóricos, ZUMBIIDO envolve o público com sensibilidade e potência exaltando a força e o poder de emancipação do povo preto.


Informações: www.instagram.com/zumbiidowww.zumbiido.com.br , facebook.com/zumbiido

youtube.com/@zumbiido


Pré-lançamento EP “ZUMBIIDO”

Com Kânda ZUMBIIDO

Evento exclusivo para pessoas convidadas - Entrada mediante RSVP


quinta-feira, 27 de junho de 2024

NOVA MOTO ELÉTRICA QUE ATINGE ALTA VELOCIDADE POR BAIXO PREÇO CHEGA AO BRASIL

  NOVA MOTO ELÉTRICA QUE ATINGE ALTA VELOCIDADE POR BAIXO PREÇO CHEGA AO BRASIL


Fundada por um engenheiro brasileiro no Canadá, a Auper Motorcycles lança no Brasil uma motocicleta elétrica veloz com outros destaques, como baixo custo e beleza visual.




A Auper Motorcycles, uma startup automotiva que se tornou líder na fabricação de motocicletas elétricas, anunciou o lançamento de seu modelo original C600 no Brasil. A principal intenção da firma é trazer um novo momento para as motos elétricas no país, com qualidade e desfrute da locomoção, tendo o piloto total controle do veículo com um app especial.

A C600 é uma motocicleta urbana que apresenta uma série de recursos avançados de segurança e proteção, além de um preço acessível e ainda, bom desempenho em viagens de longa distância. Ela é movida por um motor elétrico de 35 kW que produz 47 cavalos de potência e 115 Newton-metros de torque. O motor é combinado com uma bateria de 7,2 kWh que proporciona uma autonomia de até 150 quilômetros. A motocicleta elétrica também possui um sistema de freio regenerativo que ajuda a aumentar a autonomia.

Uma união de esforços entre os engenheiros e empresários brasileiros Silvio Rotilli Filho e Alan Callegaro, e os co-fundadores americanos/canadenses, David Ofori-Amoah e Ali Emadi; a Auper se define como uma empresa tecnológica que veio para aprimorar os veículos ecológicos e disponibilizá-los para um mercado maior (popular), já tendo uma intensa demanda por grandes quantidades de motocicletas dos clientes.



Quando criança, Silvio sofreu um acidente de carro que o deixou marcado de por vida, sendo o seu maior desejo o de criar uma moto que igualasse a experiência dos automotores dando conforto, autonomia e qualidade ao piloto. Por isso, além de 100% das peças Auper serem originais da empresa, o motorista conta com todo o acompanhamento técnico do seu veículo através de um aplicativo especial conectado com o suporte oficial da Auper.

Dessa forma, a C600 é equipada com um conjunto de recursos avançados de segurança e proteção, incluindo freios ABS, controle de tração e um sistema de ignição sem chave.A motocicleta também possui um sistema de alarme embutido e um sistema de rastreamento por GPS. O preço da C600 é de R$ 24.900, o que a torna uma das motocicletas elétricas mais acessíveis do mercado. Sendo a C600 o primeiro produto a ser lançado para os mercados sul-americanos.

*Auper, uma nova experiência em motos elétricas*

"Estamos empolgados com a chegada da C600 no Brasil", disse Silvio, o brasiliero co-founder e CEO da Auper Motorcycles. "A C600 é a motocicleta perfeita para os passageiros urbanos que procuram uma opção de transporte segura, econômica e ecologicamente correta. Estamos confiantes de que a C600 será um sucesso entre os consumidores brasileiros." Como empresa, o empreendimento disruptivo Auper afirma que "tem como objetivo aumentar a qualidade de vida dos atuais e futuros motociclistas com segurança, proteção e um veículo bonito e acessível", uma declaração adequada em tempos de preocupacão com a segurança e o meio ambiente, especialmente no Brasil.

Apontando a um público de pilotos, desde os motoqueiros conhecedores até os entregadores, a Auper C600 se apresenta no intuito de dar aos pilotos a viagem de moto que eles certamente merecem - e ainda, considerando as experiências negativas com motos elétricas relatadas por boa parte deles.

*Sobre a Auper Motorcycles*

A Auper Motorcycles é uma fabricante líder de motocicletas elétricas, criada pela união de empresários de diferentes países.Tudo começou quando Silvio Rotilli Filho, um garoto de 12 anos, teve que reaprender a andar após um acidente de carro no Brasil. Sendo esse um dos principais motores da empresa, anos mais tarde, Silvio passaria a contar com uma motocicleta para o transporte diário. Acidentes, baixo desempenho e roubos de motos geram experiências negativas, enquanto ele observou a evolução dos carros parecia que as motocicletas estavam paradas no tempo.

Depois de obter um doutorado em engenharia e liderar equipes na vanguarda da tecnologia automotiva, Silvio decidiu que era hora de fazer algo a respeito. ��A empresa foi fundada em 2022 com o objetivo de oferecer aos consumidores uma alternativa acessível e ecológica às motocicletas tradicionais. Embora tenha sido criada inicialmente nos EUA e no Canadá, a empresa foi pensada principalmente para o público brasileiro e latino-americano, considerando a necessidade de oferecer um veículo rápido, de boa qualidade e acessível para os setores de maior consumo.

Para mais informações, acesse www.aupermotorcycles.com.

TJama Apresenta Nova Coleção Licenciada para Toda a Família: Gudetama!

  TJama Apresenta Nova Coleção Licenciada para Toda a Família: Gudetama!


A segunda parceria com a Sanrio traz o personagem mais preguiçoso e querido para uma linha de loungewear confortável e divertida.





Sempre inovando no universo do loungewear, a TJama apresenta sua mais nova coleção licenciada em parceria com a Sanrio: Gudetama! Esta é a segunda colaboração entre as marcas, sucedendo o sucesso da coleção Hello Kitty. Inspirada no personagem que é um ovo preguiçoso vivendo os dramas das segundas-feiras pela manhã e momentos de puro tédio, essa linha é perfeita para toda a família que adora aproveitar momentos de conforto e relaxamento. Afinal, quem não adora uma preguiçinha de vez em quando?


A coleção inclui diversas peças que trazem a essência do Gudetama, começando pela Camiseta Pijama estampando a frase “Five More Minutes” (Mais cinco minutinhos). 


Para complementar, a calça unissex de pijama segue a mesma linha de conforto e estilo com modelagem reta, bolsos nas laterais e elástico que se ajusta perfeitamente, oferecendo praticidade e bem-estar. A estampa divertida do Gudetama em diferentes momentos de preguiça torna a peça ainda mais especial e única.


E para aqueles que amam detalhes, a coleção conta também com meias de cano médio estampadas com o Gudetama, trazendo o personagem em sua atividade favorita: dormir. 

A coleção inclui ainda opções para os pequenos, com camiseta manga longa infantil e calça de modelagem reta que, além de oferecer conforto, diverte meninos e meninas com tamanhos entre 2 e 12 anos.

Confeccionada em malha 100% algodão, as peças da coleção Gudetama não são apenas um tributo ao personagem adorável da Sanrio, mas também um convite para abraçar o conforto e a diversão em família.


Conheça a coleção em www.tjama.com


SOBRE A SANRIO


Sanrio® é uma marca life style global mais conhecida pela personagem Hello Kitty®, que foi criada em 1974 e detentora de muitas outras marcas de personagens amadas, como My Melody™, Kuromi™, LittleTwinStars™, Cinnamoroll™, Pompompurin™, gudetama™, Aggretsuko™, Chococat™, Badtz-Maru™ e Keroppi™. A Sanrio® foi fundada com base na filosofia de que um pequeno presente pode trazer felicidade e amizade às pessoas de todas as idades. Desde 1960, esta filosofia tem servido de inspiração para oferecer produtos, serviços e atividades que promovam a comunicação e inspirem experiências únicas aos consumidores em todo o mundo. Hoje, os negócios da Sanrio® se estendem à indústria do entretenimento com várias séries de conteúdos, games e parques temáticos. A Sanrio® possui uma extensa linha de produtos que está disponível em mais de 130 países. Com a ideia de “One World, Connecting Smiles”, a Sanrio pretende levar sorrisos a todos as pessoas. Para saber mais sobre a Sanrio®, visite www.sanrio.com.br e siga nossos conteúdos nas plataformas YouTube, TikTok, Instagram e Facebook @GudetamaBrasil e @SanrioBrasil.


SOBRE A TJAMA


Criada em 2018, a empresa de Tiago Abravanel e suas irmãs, Ligia e Vivian, teve com inspiração o lifestyle contemporâneo e um importante questionamento: por que não podemos sair na rua com looks confortáveis, assim como os pijamas que usamos em casa?


As estampas são exclusivas, cheias de cor e personalidade. Além de vestir a família toda, da criança ao adulto, com camisetas, bermudas, moletons e diversas outras peças nos tamanhos infantil (2 ao 12) e adultos (PP ao 5G), inclusive com opções de looks para a família toda em diferentes estações do ano.


Acesse o site: https://tjama.com/

Reservatórios das hidrelétricas podem recarregar reservas subterrâneas de água

       Reservatórios das hidrelétricas podem recarregar reservas subterrâneas de água


Pesquisa da Universidade da California estudou mais de 170 mil poços em 40 países encontrando dados alarmantes sobre o nível das reservas de água subterrâanea


Por: Ivo Pugnaloni




Parece que alguém lá “em cima” quer que o mundo inteiro entenda melhor coisas que não estão sendo divulgadas sobre as mudanças climáticas.


Como por exemplo, - o papel que as hidrelétricas -, que hoje são tão “demonizadas” no Brasil, podem ter cumprido silenciosamente, durante todos esses mais de 70 anos, quando armazenaram, por mais tempo, a água doce que caiu em forma de chuva e foi descansar no fundo dos lagos dos seus reservatórios. 


Água doce que, se não fossem elas, as hidrelétricas, estaria correndo direto para o Oceano Atlântico, deixando de percolar no fundo dos reservatórios e não evaporando nas amplas superfícies de seus lagos. E assim, deixando de recarregar os lençóis freáticos e aquíferos antes de chegar ao seu destino final.


Nessa interessante reportagem da CNN Brasil, um estudo realizado pela Universidade da California, em mais de 40 países, com um universo de 140 mil poços, entre 2000 e 2022, provou que o nível das reservas subterrâneas diminuiu pelo menos10 cm ao ano em 36% dos poços pesquisados ou 50.400 poços.


O estudo aponta como principais causas da espantosa redução de nível e de volume reservado, o exagerado aumento dos processos de irrigação que usam água subterrânea e além de provável alteração no regime de chuvas. 


A foto da esquerda é a original da matéria de anteontem da CNN, que pode ser acessada nesse link. É pena que, aqueles que apenas olharem a foto e só lerem a manchete, poderão pensar que culpa da queda do nível dos aquíferos é dos pequenos agricultores, que usam sistemas quase artesanais como o da imagem. E não os grandes projetos como os da foto da direita, com centenas de pivôs centrais.


O uso da foto da esquerda, me lembra os locutores dos telejornais, que durante o apagão elétrico de 2001, insinuavam que a culpa da redução forçada de 25% do consumo de energia das indústrias não era da falta de planejamento, mas sim culpa do povo brasileiro, “que gasta muita água sem necessidade”. 


Enquanto esse julgamento era emitido, as cenas eram de uma dona de casa, lavando um carro com mangueira, na porta da garagem, vestida com um roupão, chinela havaianas e com “bobs” de enrolar o cabelo. 


É notória, atualmente, a mesma maneira de passar uma impressão errada pela imagem, tirar proveito da falta de informação verdadeira, comprovada, assinada. Nunca vi os locutores da TV corrigirem seu erro e reconhecerem que o apagão aconteceu porque os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC simplesmente proibiram a construção de novas hidrelétricas no Brasil. E ainda por cima, botaram a culpa no povo e nos órgãos de licenciamento ambiental.


Fernando Henrique, para resolver o problema de falta de novas hidrelétricas, que ele mesmo ajudou a criar, lançou o Programa Prioritário de Termoelétricas (PPT), no qual seriam empresas privadas a abastecer esse enorme mercado, criado pela falta da construção das primeiras pelas empresas do grupo estatal ELETROBRÁS.


E isso, apesar de ter sido alertado por professores e especialistas eméritos como Luiz Pinguelli Rosa, Ildo Sauer, Roberto D’Araujo e outros. 


Ocorreu que as empresas privadas não compraram a ideia do PPT. E assim. quem teve que investir nas termoelétricas foram a Petrobrás, os familiares do ex-presidente Sarney e o grupo do chamado “rei do Gás”, Carlos Suarez, um dos donos da Construtora OAS, que terminaram livrando o Brasil do risco de passar por um novo apagão.


Com o PPT, Fernando Henrique e Lula, que herdou o programa em já em andamento, instalaram 14 GW dessas usinas termoelétricas fósseis, potência igual à de uma Itaipu, só que, produzindo energia dezenas de vezes mais cara do que nossa gigantesca binacional, com combustíveis importados e altamente poluentes.


O gráfico acima mostra as duas formas como ocorreu a aquisição de energia termoelétrica, entre 1976 e 2020, em percentuais do total adquirido. 


Nele destaca-se que em 2004 e 2005, em barras vermelhas, devido ao racionamento e ao  PPT, a expansão da capacidade total do sistema ocorreu em mais de 70% por meio de termelétricas fósseis e, em 2010, depois do leilão de 2008, essa expansão por térmicas, em barras laranja, chegou a 48%. Um aumento para lá de suspeito, quando se considera que ter existido um proposital bloqueio à construção de novas hidrelétricas.


Esse outro gráfico mostra o impressionante crescimento de 400% na potência total instalada de térmicas fósseis no Brasil entre 1996 e 2017. E claro, a mesma evolução ocorrendo nas emissões de gases de efeito estufa e particulados, sujando nossa matriz que era 85% limpa.


Já a foto da direita mostra o rio Itaguari, no Oeste da Bahia, onde as outorgas de água concedidas pela ANA foram tantas e de tal montante que o rio perdeu 90% de sua vazão. 


Isso prova que as outorgas de água subterrânea para grandes projetos estão simplesmente consumindo quase toda a água dos aquíferos e lençóis freáticos. Não os pequenos agricultores.


Para piorar a situação, a água que cai do céu, sem hidrelétricas para reservá-la, vai direto para o mar e não alimenta as reservas subterrâneas. E assim, deixa de produzir infiltração suficiente que possa compensar o volume que a irrigação retira dos lençóis e dos aquíferos.


É evidente que, se essa água toda, que hoje é perdida indo direta para o mar, fosse armazenada nos lagos de alguns reservatórios, os fenômenos da percolação e da evaporação da maior superfície dos lagos formados iriam realimentar as nossas reservas subterrâneas.


Elas, as aguas, estariam fazendo aquilo que Guilherme Arantes diz, “voltando, humildes, para o fundo da terra”, como diz a linda sua canção de 1981, mas extremamente atual, “Planeta Água”.


As hidrelétricas tão combatidas ainda iriam nos permitir gerar energia elétrica à noite para complementar a energia solar e eólica que não funcionam nesse longo período de 16 horas, hoje produzida por termelétricas fósseis poluentes e muito mais caras.


As hidrelétricas pequenas, micro, mini, médias e grandes, nos permitem abastecer cidades, criar muito pescado, irrigar a agricultura com métodos muito mais eficientes e baratos do que o custoso pivô central, grande consumidor de energia.


Ao contrário do que afirmam os que criticam as hidrelétricas para estimular o investimento em outras fontes, a construção de novos reservatórios é extremamente benéfica a todas as fontes renováveis pois serve de bateria natural para elas além de fazer muito bem ao ambiente e às pessoas, por várias razões, mostradas aqui. 


Para ter uma ideia da quantidade de água que é retirada para irrigação, a EMBRAPA mostra em seu site que, em 2017, por exemplo, esse valor representou 52% do total; já em 2016, foi igual a 46,2%. Esse valor varia muito entre as regiões hidrográficas. Por exemplo, em 2006, as outorgas para irrigação representaram em média 46,7% do total. Na região do São Francisco, elas representaram 68,2%. Já na Bacia do Rio Paraná, região que possui a maior capacidade instalada de geração de energia, existem 176 usinas hidrelétricas, inclusive Itaipu, Furnas, Porto Primavera e Marimbondo. Nessa bacia as outorgas para irrigação representaram apenas 21,9% do total. 


Ao contrário do que diz o título da matéria, a água não está “acabando”, mas sim indo mais rápido para o mar do que poderia ir se não desmatássemos o solo para pastoreio e agricultura, ou usássemos as hidrelétricas para reservá-la, mitigando os efeitos da irrigação com água subterrânea, um recurso que nos possibilita alimentos mais baratos, menos gente passando fome, vivendo mal e ficando doente.


Alguém que pense um pouco não querer armazenar água doce, - que é algo que já falta no mundo todo -, é um completo absurdo. 


E provavelmente é isso que nos fará secar o planeta, pois deixar a chuva cair e não guardar a água, deixando-a correr para o mar, como se não tivesse valor algum é simplesmente patético. Ainda mais constatando que população brasileira dobrou entre 1980 e 2022! 


A falta de armazenar água, para gerar energia, abastecer às cidades e as reservas subterrâneas, quando a população cresce, é de uma ingenuidade pueril. 


Ainda mais quando tal “proibição” que não existe em lei, nos é imposta por organizações ditas “não governamentais estrangeiras”, subvencionadas por empresas do ramo de extração, produção e importação de combustíveis queimados por termelétricas fósseis.


A Terra é o nosso Planeta Água, e deve ser defendida por todos, desde que tudo seja pensado e planejado com ampla participação popular e não feito de qualquer jeito, cada um por si, como se o mundo não fosse de todos. E segundo a vontade de quem tenha mais dinheiro para comprar mais espaço publicitário e desacreditar às demais fontes de energia.


Nesse sentido, a promoção pelo governo federal de conferências nacionais de energia e recursos minerais a cada dois anos, preparadas nos estados e municípios, tal como existem as conferências nacionais de saúde, educação, meio ambiente, economia solidária, comunicação e assistência e mais sessenta outras, seria o caminho certo.


Precisamos que o planejamento do nosso crescimento econômico, social e energético, seja feito de forma estratégica, com uma prática cooperativa e não competitiva-agressiva, visando apenas o máximo lucro hoje, sem qualquer preocupação com o futuro dos nossos filhos e netos.


Para começar bem a semana, fica para vocês, mais uma vez, o convite para ouvir “Planeta Água”. de Guilherme Arantes, música de 1981, quando éramos a 115 milhões, a metade dos 215 milhões de brasileiros que somos atualmente. Preste atenção à profética e magnifica letra. Saboreie a melodia emocionante. E pense bem no que está acontecendo à nossa volta.


*Ivo Pugnaloni é engenheiro eletricista e de telecomunicações. Foi presidente da COPEL DISTRIBUIÇÃO, diretor de planejamento da COPEL SA, diretor do Instituto ILUMINA, fundador da ABRAPCH, associação brasileira de pequenas hidrelétricas, professor do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná e membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia do mesmo estado. Hoje é presidente da ENERCONS Consultoria em Energias Renováveis.


terça-feira, 25 de junho de 2024

Rafa Petrônio Apresenta Seu Novo Single "SOLTA"

  Rafa Petrônio Apresenta Seu Novo Single "SOLTA"


Créditos Fotografo: Vanessa Plassas

A jovem e talentosa artista Rafa Petrônio está pronta para iluminar o cenário musical com o lançamento de "SOLTA", seu novo single. Com uma combinação envolvente de Pop e MPB, a música promete cativar o público com sua mensagem de liberdade e auto exploração. 


"SOLTA" estará disponível em todas as principais plataformas de streaming a partir de hoje, incluindo Spotify, Apple Music, YouTube Music, Deezer, TikTok, Instagram e Amazon Music.


“SOLTA” é uma criação inteiramente de Rafa, escrita no final de 2023, a música foi inspirada em uma nova fase pessoal e artística de sua vida, onde ela se sente mais livre e aberta a novas experiências. A letra é um convite à felicidade e à vivência de novas aventuras, algo que a artista está experimentando intensamente.


Com direção artística e produção musical de Vini Nallon, "Solta" foi gravada em abril de 2024, e contou com a presença de pessoas importantes, como a professora de canto e amiga de Rafa, Magali Mussi, que contribuiu significativamente para o processo. 


“⁠Essa música representa uma fase da minha vida, que eu diria que é a fase que estou vivendo atualmente. Eu sempre fui uma pessoa muito romântica e eu passava isso nas minhas letras, mas agora acho que estou em um momento mais meu, me conhecendo aos poucos, me permitindo viver coisas novas e sendo mais “solta”, afirma Rafa. 


Rafa espera que "Solta" alcance muitas pessoas e crie uma conexão profunda com o público. Ela acredita que a música terá um impacto positivo, refletindo a fase feliz e autêntica que está vivendo. Com expectativas altas, a cantora está pronta para trilhar seu caminho na música e deixar sua marca no cenário musical brasileiro.


“Eu acredito muito que um artista precisa passar por muitos processos para chegar aonde quer. Eu gostaria de passar por todos eles, aprender e crescer nessa área. Quero lançar primeiro algumas músicas, para depois lançar um EP e assim criar minha identidade por meio da música”, destacou a artista. 


Créditos Fotografo: Vanessa Plassas


Sobre a Artista


Rafa Petrônio, de 25 anos, vem de uma família com uma rica herança musical. Seu avô, o renomado cantor Francisco Petrônio, inspirou Rafa desde cedo a seguir os passos na música. Ela começou a compor ainda criança e, ao longo dos anos, cultivou seu talento com aulas de música e performances na escola.


Apesar de sua formação em psicologia e diversas experiências em outras áreas, a música sempre foi sua verdadeira paixão. Agora, com uma equipe dedicada e focada, Rafa está totalmente empenhada em sua carreira musical. "SOLTA" marca um novo começo, onde ela se sente mais preparada e entusiasmada do que nunca.


Ouça “SOLTA” nova música de Rafa Petrônio

https://ditto.fm/solta-rafa-petronio

Siga Rafa nas redes sociais para atualizações: -

@rafapetronio


Créditos Fotografo: Vanessa Plassas

domingo, 23 de junho de 2024

Sociedade do desempenho

                                       



SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


                                    Sociedade do desempenho

Todos desejamos ser vistos como pessoas competentes. Seres capazes de cumprir suas atividades de forma perfeita, digna de elogios e honra.

Evidentemente que não há nada de problemático neste conceito. Trabalhar fazendo o melhor é digno de nota, de louvor. A grande questão é transformar o que poderia ser o resultado de um prazer, em um elemento de rigidez e, consequentemente de angústia.

Michael Foucault deixou escrito que a sociedade de sua época era disciplinar, portanto, regida pela negatividade. Hoje, filósofos mais modernos como Byung- Chul Han, retratam que nossa era é de uma sociedade que é guiada pela lógica do desempenho. Sendo assim, não estamos mais sob a égide da negatividade, mas, muito pelo contrário, estamos sendo regidos pelo excesso de positividade.

Tal conceito nos incita a acreditar que podemos fazer mais, independente dos recursos que portamos, porque, assim, nos sentiremos poderosos, capazes, sem limites.

Entretanto, esta concepção tem produzidos pessoas depressivas e fracassadas. Senão conseguimos atingir o alvo que foi proposto para nós ou que nós mesmos nos propomos, nos depreciamos e caímos na melancolia oriunda do fracasso.

Nesta via não atentamos para os nossos limites e adentramos em uma lógica destruidora. E o bournout está entre nós para confirmar isso. Assim sendo, o excesso de trabalho se transforma em uma autoexploração. De certa forma, temos que continuar concordando com Foucault: seguimos sendo disciplinados, agora movidos por uma outra força ideológica.

E o que nos leva a sentirmos fracassados e depressivos? É acreditar que tudo é possível socialmente falando, mas para nós, nada é possível. Claro que tal acepção é uma falácia.

É claro que é desafiador seguir para além das concepções que nos são adoadas, mas podemos ponderar e tentar, por meio da reflexão, agir de maneira mais satisfatórias para nós.

Um fortíssimo abraço para você!


Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista

Será que sou emocionalmente imaturo?

                                    SAÚDE TOTAL CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA                  SERÁ QUE SOU EMOCIONALM...